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quarta-feira, 4 de junho de 2014

BATMAN DE NEIL GAIMAN


"O que aconteceu ao Cavaleiro das Trevas?", é uma HQ que "finaliza" a carreira, e a vida do Batman. Um conto imaginário escrito por Neil Gaiman. Saiba mais lendo aqui:


BATMAN DE NEIL GAIMAN
Encadernado com as histórias escritas pelo criador de Sandman com o Homem Morcego.
Talvez os fãs mais radicais podem não gostar do que vou falar sobre Neil Gaiman, mas verdade seja dita: ele é um grande fã de Alan Moore, “copiando” algumas ideias dele em suas histórias. Ele coloca vários elementos das obras do barbudão em suas histórias. Felizmente, ele o faz de forma competente, e sem ficar dizendo que “não é nada disso”, como alguns autores fazem. Assim, quando a DC resolveu matar Bruce Wayne, em 2009, e chamou Gaiman pra escrever o que seria a história final do Homem Morcego, Gaiman fez uma homenagem ao que Moore fez quando, em 1986, foi chamado para fazer a história final do Super Homem. Então, enquanto a HQ de Moore se chamou “O que aconteceu ao Homem de Aço?”, a de Gaiman se chama “O que aconteceu ao Cavaleiro das Trevas?”.
Mas, felizmente, as semelhanças param por aí. Gaiman, sendo competente, sabe que não seria nem um pouco legal se ele se limitasse a copiar a história clássica.
Nesta bat-história, o Homem Morcego morreu. Não a mesma morte que ele teve, na época, nas histórias de linha, mas uma morte imaginária, que nem seu espírito lembra como foi. Nos “bastidores”, seu espírito conversa com alguém que lhe mostra seu funeral. Nele, vários personagens, entre amigos, e vilões, comparecem a uma sala no beco do crime (local onde os pais de Bruce Wayne foram assassinados) para prestar suas homenagens.
Nas duas partes da história (que foi originalmente publicada em duas edições, nas revistas Batman 686 e Detective Comics 853) vemos alguns vilões contando suas versões para a morte do herói, cada um assumindo a autoria da morte dele. Entre os amigos de Batman, ouvimos as histórias de seus vários sacrifícios pelo bem maior. Nessas, a mais curiosa é a versão de Alfred, que coloca toda a mitologia de Batman como mera atuação de atores para alimentar as neuroses de Bruce Wayne.  Ao final, o espírito que conversa com ele se revela, fazendo-o aceitar sua mortalidade, e o fato de ter se tornado um símbolo como persoangem.
Uma bela mistura de sua mitologia dentro das histórias, como a representação do personagem na cultura popular de nosso mundo real.
A arte de Andy Kubert é um show a parte. Quem conhece o desenhista sabe como ele é competente tanto no traço de personagens quanto na ambientação, narrativa, ritmo e composição de páginas. À tudo isso, ele acrescentou à esta HQ homenagens à todas as épocas e aos principais artistas e algumas histórias celebres do Morcego. A mulher gato, por exemplo, que é a primeira a contar sua versão da morte de Batman, é retratada na forma de suas versões desenhadas na “era de ouro” dos quadrinhos;  Quando o coringa conta sua versão, ela remete, tanto no roteiro quanto na arte, à “A Piada Mortal”, de Alan Moore, considerada como o confronto definitivo de Batman e Coringa; E em vários momentos, Andy usa o traço característico de artistas específicos que arcaram época para retratar os personagens. Assim, o Batman é desenhado como nos anos 30 e 40, ou com o traço “quadrado” de  Dick Sprang, de Jim Aparo, entre muitos outros. Quando Rã’s Al Ghul aparece, ele é desenhado com o traço idêntico ao de Neal Adams.
Ao final, temos uma bela história, contada com a competência de sempre de Neil Gaiman, que, sabiamente, não tenta ser a história definitiva do Homem Morcego, mas homenageia tanto o personagem quanto os próprios leitores, em sua relação com o personagem.
E, completando a edição, temos como “extras” os esboços de Andy Kubert para a HQ, além de outras histórias escritas por Gaiman para o Batman. Os extras já haviam sido publicados aqui dentro da revista mensal do Batman publicada pela Panini, quando a história havia sido publicada pela primeira vez, e quanto as outras hq’s, apenas uma delas eu não tenho  a informação se já havia sido publicada ou não por aqui. Trata-se de “Pavana”, publicada lá fora nos anos 80 na revista “Secret Origins”, e conta a origem da Hera Venenosa. As outras histórias são “Um mundo preto e branco”, que saiu na mini série “Batman Preto e Branco”, dos anos 90, e “Pecados Originais”, e “Quando uma porta”, ambas em uma edição especial de Secret Origins, Onde um programa de TV quer contar a visão dos vilões de Batman. Gaiman escreveu o “esqueleto” da trama, mostrando os bastidores do programa, e a história onde os produtores entrevistam o Charada, presente nesta edição. As outras histórias dessa edição especial, que mostram as origens do Pinguim e do Duas Caras ficaram de fora, pois foram escritas por outros autores. Apesar de ficar estranho ler a história sem as duas sequências, dá pra entendê-la assim mesmo, além do que a forma como a origem do Charada é contada é de uma forma bizarra, o que fez dela, na minha opinião, uma das melhores histórias com o personagem.
Mas o melhor dessa edição  especial é o preço. Publicada com toda a pompa das publicações “Panini Books”, ou seja, capa dura, e papel couchê, o preço é bastante convidativo, bem diferente do preço das publicações lançadas para comic shops e livrarias.
Dificilmente essa história vai se tornar um bat-clássico, como a HQ do Super escrita pelo Moore se tornou, mas com certeza um item obrigatório para fãs do Morcego.


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